ROTEIRO NACIONAL PARA A ADAPTAÇÃO 2100
O projeto do Roteiro Nacional para a Adaptação 2100 – Avaliação da vulnerabilidade do território Português às alterações climáticas no século XXI (RNA 2100) pretende definir narrativas de evolução das vulnerabilidades e impactes das alterações climáticas, bem como a avaliação de necessidades de investimento para a adaptação e custos socioeconómicos de inação.
O RNA 2100 vem assim apoiar e responder a exercícios de política pública de adaptação às alterações climáticas nos vários níveis de intervenção territorial, sendo também apoiado por diversas iniciativas de divulgação de resultados, incluindo para o público em geral, tendo a ambição de se tornar um importante potenciador da educação e sensibilização para o tema da adaptação às alterações climáticas.
Notícias
Assinalou-se no passado dia 2 de maio a conclusão do projeto Roteiro Nacional para a Adaptação 2100 (RNA 2100), com a realização de uma Cerimónia de Encerramento, na sala “O Século” da Secretaria-Geral do Ambiental, onde foram apresentados os principais resultados do projeto.
O RNA2100 foi um projeto EEA Grants coordenado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) que contou com os parceiros: Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), Direção-Geral do Território (DGT), Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Banco de Portugal (BP) e Direção Norueguesa de Proteção Civil (DSB).
O projeto cumpriu o objetivo de atualização dos cenários climáticos de referência para Portugal, bem como a avaliação de riscos climáticos com especial enfoque na modelação de impactes nas zonas costeiras, recursos hídricos, agrofloresta e no domínio dos incêndios. Os resultados apontam de uma forma geral para o aumento de frequência e intensidade de eventos extremos de precipitação e temperatura, como dias muito quentes e noites tropicais, com impactes diretos na saúde pública.
As narrativas de adaptação produzidas para as cinco regiões – Norte, Centro, Área Metropolitana de Lisboa, Alentejo e Algarve – evidenciam a redução nas disponibilidades hídricas na generalidade das regiões hidrográficas portuguesas. As alterações climáticas poderão afetar tanto as necessidades de irrigação como a produtividade das principais culturas cultivadas no território nacional, que poderão resultar em perdas económicas globais não desprezíveis. Ao nível dos incêndios os resultados demonstram um aumento do número de dias com perigo meteorológico extremo, sendo as projeções globais de meio do século e final do século particularmente preocupantes. Relativamente às zonas costeiras, o impacte ao nível dos processos de erosão e inundações costeiras, ocorre sobretudo devido a alterações nos níveis da água, motivadas pela subida do nível médio do mar, mas também pela sua combinação com marés, sobrelevações meteorológicas e agitação marítima. Estes fenómenos colocam em risco pessoas e bens, tendo sido identificados vários municípios com elevada incidência de edifícios e pessoas vulneráveis.
O Roteiro explorou ainda a componente económica da adaptação e os custos/impactes da inação, tendo contemplado a produção de um Guia de orientações e boas práticas sobre a integração da adaptação às alterações climáticas nos instrumentos de planeamento territorial de nível municipal.
A gravação da Cerimónia de Encerramento encontra-se disponível no canal de YouTube da APA em: https://www.youtube.com/watch?v=y6cN0UazxWI e as apresentações levadas a cabo pelos parceiros podem consultadas aqui.
Todos os resultados detalhados obtidos estão acessíveis e disponíveis ao público na página do projeto em: https://rna2100.apambiente.pt/.
Realizou-se na manhã do dia 13 de julho de 2023, uma Sessão
online que visou debater a forma como a adaptação às
alterações climáticas é abordada nas revisões dos PDM, em
vigor ou em curso, e as dificuldades encontradas....
Realizou-se na manhã do dia 12 de julho de 2023, uma Sessão
online que visou debater as dificuldades e necessidades na
adoção de medidas de adaptação às alterações climáticas na
revisão dos PDM.
Financiado por:
Parceiros:
O Banco de Portugal é o banco central da República Portuguesa. O Banco tem duas missões essenciais: a manutenção da estabilidade dos preços e a promoção da estabilidade do sistema financeiro. O Banco faz parte do Eurosistema e do Sistema Europeu de Bancos Centrais, do Mecanismo Único de Supervisão e do Mecanismo Único de Resolução.
Direção-Geral do Território (DGT)
A Direção-Geral do Território (DGT) é o órgão público nacional responsável pela prossecução das políticas públicas de ordenamento do território e desenvolvimento urbano, de acordo com os princípios, objetivos e normas estabelecidos na Lei de bases gerais da política pública de solos, de ordenamento do território e de urbanismo.
A DGT é ainda responsável pela consolidação, aplicação e atualização do quadro legal e regulamentar que a suporta, pela promoção das boas práticas de ordenamento do território, pelo desenvolvimento e divulgação de orientações e critérios técnicos que garantam uma adequada organização, valorização e utilização do território nacional, bem como pela criação e manutenção de bases de dados geográficos de referência, nomeadamente o Sistema Nacional de Informação Geográfica, o Sistema Nacional de Informação Territorial e o Sistema Nacional de Informação Cadastral e ainda sustentar a produção de cartografia topográfica nacional de referência e manter a rede geodésica.
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL)
No seu plano estratégico de desenvolvimento, a FCUL estabeleceu os seguintes propósitos primordiais:
1. Promover a qualidade, tanto na ciência como na tecnologia;
2. Promover uma boa formação de base e uma sólida formação especializada que habilite os seus alunos graduados a enfrentar com sucesso um ambiente profissional altamente competitivo e em rápida mutação;
3. Garantir a iniciação à pesquisa em grupos ativos e competitivos, com destaque internacional.
A FCUL tem um Laboratório Associado sediado, centrado na investigação quantitativa em Ciências da Terra, combinando estudos analíticos, análise de dados, atividades de observação e modelação, relevantes para processos Atmosféricos, Oceânicos e Terrestres Sólidos, e aplicações de Energias Renováveis. Enquanto instituto integrado de Ciências do Sistema Terrestre, a FCUL apoia interações interdisciplinares, mais relevantes para a compreensão dos processos terrestres impulsionados pela interação de diferentes componentes da Terra.
Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA)
O IPMA I. P. é um instituto público que tem por missão promover e coordenar a investigação científica, o desenvolvimento tecnológico, a inovação e a prestação de serviços nos mares e na atmosfera, assegurando a implementação das estratégias e políticas nacionais nas suas áreas de especialização, contribuindo assim para o desenvolvimento económico e social. O IPMA, IP, é a autoridade nacional nas áreas da meteorologia, meteorologia aeronáutica, clima, sismologia e geomagnetismo. O IPMA é o Serviço Meteorológico Nacional português.
Direção Norueguesa de Proteção Civil (DSB)
A missão da DSB é supervisionar riscos e vulnerabilidades. As suas responsabilidades abrangem preparação local e regional e o planeamento de emergência, segurança contra incêndios, segurança elétrica, manuseio e transporte de substâncias perigosas, bem como segurança de produtos e consumidores. Além disso, a Defesa Civil Norueguesa, a Faculdade de Planeamento de Emergência (NUSB), a Academia Norueguesa de Bombeiros (NorgesBrannskole) e a Academia de Defesa Civil pertencem ao portfólio da DSB. Além disso, a Equipa de Suporte Norueguesa (NST) tem capacidade de emergência de âmbito internacional.